Juro que o meu coração começou a bater a uns mil quilômetros por minuto, e as palmas das minhas mãos ficaram instantaneamente encharcadas. Porque, e se aquilo fosse apenas para reiterar o que o Michael tinha me dito no domingo? Aquela coisa sobre como nós deveríamos ser só amigos e sair com outras pessoas? Não quero ver isso de novo. Não quero ouvir isso de novo. Nem quero pensar nisso de novo. Passei a semana inteira fazendo tudo que eu podia para NÃO ter que reviver aquela conversa específica na minha mente... e agora havia uma chance de que ela se revelasse diante dos meus olhos.
De jeito nenhum.
Mas daí, bem quando eu ia apertar o EXCLUIR, hesitei. Porque, e se não fosse sobre aquilo? E se - e, tudo bem, mesmo enquanto eu estava tendo a ideia, já me dei conta de que este era um enorme E SE, mas tanto faz -, mas e se fosse um e-mail para me dizer que ele tinha mudado de ideia e que, no final das contas, não queria terminar?
E se ele tivesse passado esta última semana tão deprimido quanto eu?
E se, depois de uma semana separados, ele tivesse percebido como sente a minha falta, e do mesmo jeito que eu estava aqui parada, louca para estar nos braços dele, cheirando o pescoço dele, o Michael estivesse louco para estar comigo nos braços, cheirando o pescoço dele?
E, antes que eu pudesse mudar de ideia, cliquei em ABRIR....
(...)
Percebi que este e-mail era só isso mesmo. Um recado simpático para me mostrar que ele não tinha ficado magoado com a coisa do J.P.
Princesa Mia, página 90