terça-feira, 5 de maio de 2015
"Vamos fingir que tudo está bem. Que as piadas do palhaço ainda são engraçadas e que o coração não dói. Que o ambiente reservado para fumantes não sufoca e que esperar na fila do banco não cansa. Vamos fazer parecer que nenhuma música é uma lembrança e que o cheiro não grudou na ponta do nariz. Vamos fingir que eu não o vejo em todo canto. Vamos fazer de conta que esse espaço todo não aperta e que o que sinto não é necessidade. Vamos fechar os olhos e imaginar que esse ainda não foi o início do fim."
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