sexta-feira, 29 de maio de 2015
quinta-feira, 28 de maio de 2015
quarta-feira, 27 de maio de 2015
- Estou dizendo tudo isso por um motivo - prossegue ela. - Tem mais ou menos umas vinte pessoas lá na sala de espera. Algumas são da sua família, outras não. Mas todos nós somos a sua família agora.
Kim interrompe a fala. Inclina-se para se aproximar de mim e as mechas do seu cabelo fazem cócegas no meu rosto. Ela me dá um beijo na testa.
- Você ainda tem uma família - sussurra.
Kim interrompe a fala. Inclina-se para se aproximar de mim e as mechas do seu cabelo fazem cócegas no meu rosto. Ela me dá um beijo na testa.
- Você ainda tem uma família - sussurra.
Se eu ficar, página 182.
terça-feira, 26 de maio de 2015
"Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?"
segunda-feira, 25 de maio de 2015
sábado, 23 de maio de 2015
quarta-feira, 20 de maio de 2015
"Não
mereço uma pessoa que não sabe o que quer. Mereço certezas. Mereço que
seja recíproco. Não quero alguém que me bajule o tempo todo. Não precisa
abrir porta de carro, oferecer diamantes, pagar o jantar. Só precisa
ser sincero. E real. E, principalmente, se entregar por inteiro. Porque
não estou aqui para receber metade de nada."
domingo, 17 de maio de 2015
quinta-feira, 14 de maio de 2015
“Um
belo dia você acorda e se dá conta que está cansado. Você se cansa da
cidade, dos carros, das luzes. Você se cansa do lixo, das pessoas, do
barulho. Se cansa de não saber para onde ir, se cansa de não ter para
onde ir e precisar ir para algum lugar. Você se cansa de não ter razão,
de não ter caminhos, de não ter opções, se cansa de ver sua vida igual a
de todos os outros, se cansa de ser de um rebanho sem pastor. Você se
cansa de chefes, deuses, impostos, moda, dinheiro. Você se cansa da
sensação de estar desperdiçando seu tempo, você se cansa de não ter
tempo algum para desperdiçar. Você se cansa de viver em um mundo onde
quem não está desesperado, está louco. Você se desespera com medo de
enlouquecer. Respira fundo, acende um cigarro. Você se cansa de não
saber exatamente do que está cansado. Se cansa do “alguma coisa está
errada” que paira sobre o ar desde uma época que você não se lembra. Se
cansa das avenidas, das ruas, das alamedas, das praças, do sol, dos
postes, das placas de sinalização, das buzinas. Você se cansa de amores
incompletos, de amores platônicos, de falta de amor, de excesso disso e
daquilo. Se cansa do “apesar de”. Se cansa do rabo entre as pernas, da
sensação de estar sendo prejudicado, se cansa do “a vida é assim mesmo”.
Você se cansa de esperar, de rezar, de aguardar, de ter esperanças,
cansa do frio na barriga, cansa da falta de sono. Você se cansa da
hipocrisia, da falsidade, da ameaça constante, se cansa da estupidez, da
apatia, da angústia, da insatisfação, da injustiça, do frenesi, da
busca impossível e infinita de algo que não sabe o que é. Se cansa da
sensação de não poder parar. E você não para, até que esteja morto.”
PC Siqueira.
terça-feira, 12 de maio de 2015
sexta-feira, 8 de maio de 2015
quinta-feira, 7 de maio de 2015
quarta-feira, 6 de maio de 2015
terça-feira, 5 de maio de 2015
"A gente consegue, sabe? É só querer. É só não desistir, não deixar de lado. É insistir até o último segundinho. Não abrir mão e não deixar pra lá... Porque convivência é assim mesmo. É se irritar com o jeito do outro e com as manias chatas também. Só que no meio disso tudo, você enxerga um motivo pra ficar ali. Pra não ir embora e não esquecer. No meio de toda a bagunça você consegue achar aquilo que tava te faltando."
"Vamos fingir que tudo está bem. Que as piadas do palhaço ainda são engraçadas e que o coração não dói. Que o ambiente reservado para fumantes não sufoca e que esperar na fila do banco não cansa. Vamos fazer parecer que nenhuma música é uma lembrança e que o cheiro não grudou na ponta do nariz. Vamos fingir que eu não o vejo em todo canto. Vamos fazer de conta que esse espaço todo não aperta e que o que sinto não é necessidade. Vamos fechar os olhos e imaginar que esse ainda não foi o início do fim."
segunda-feira, 4 de maio de 2015
domingo, 3 de maio de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
"Já tive outros e já amei outros. Já sofri por eles e já quase te
esqueci graças à eles também. Mas depois que acaba, no fim, ou no
intervalo de um para o outro, quando só me sobra eu mesma e minha
confusão, meus sentimentos me encaram e me confrontam, e eu só vejo
você. Só tem você ao meu redor no sábado de noite terminando com alguém.
Tem você quando eu me fecho e não deixo ninguém entrar na minha vida,
porque morro de medo e é sua culpa. Você na forma como eu escrevo, na
música do Leoni, no texto da coca-cola. Cada parte do que eu sou… ainda é
você. Mil anos e alguns caras depois e ainda é você."
Iolanda Valentim
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