quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Assistindo ao vídeo postado ontem, percebi que realmente tenho problemas, um certo nível de TOC. Não é tanto quanto o do Neil Hilborn, graças à Deus, mas eu entendo como ele se sente.
Não sei por que as pessoas se cumprimentam com um beijo no rosto. É nojento. Você não sabe o que ela estava fazendo antes de te encontrar. Sempre que alguém me beija tenho vontade de lavar o rosto, e acabo lavando, mesmo que um tempo depois. E abraçar então? Meu bem, você é meu amigo do peito, irmão de fé? Não! Então não me abraça! Não me toque!
Agora, imagina como é para alguém que se sente assim beijar um garoto e ser abraçada por ele. Não é fácil. É algo que você até quer, mas ao mesmo tempo não consegue fazer, pois significa estar muito perto. Ainda mais se somado a isso você se sentir sujo quando alguém te beija (novamente aquela sensação de precisar de uns 20 banhos). Tenso.
Agora, pense que você é essa garota problemática, e que por um milagre você achou alguém que não te faz sentir assim, alguém que pode chegar perto que tu não vai querer empurrar para longe, alguém que, como Neil disse, pode te tocar sem que você queira tomar 123456789 banhos depois. Uma pessoa que te faz contar os minutos para vê-la (oi, de novo, TOC. Você e essa mania de ter tudo cronometrado, de saber exatamente quantos minutos levaram para te responder, quantos para te encontrar, quantos para chegar em certo lugar, tudo perfeitamente cronometrado e registrado).
Continuando, você acha essa pessoa e se esforça para que ela não perceba que tu tens esses pequenos distúrbios. Porque ela pode te abraçar, ela pode chegar perto. Ela pode até te beijar que você não vai querer tomar um banho em seguida. Quantas vezes você encontrou alguém que não te causasse repulsa?
E aí de repente ela muda do vinho para a água, e simplesmente abre a porta e vai embora.
Embora.
Como se você fosse um nada.
É assim que você se sente, e provavelmente é o que você é. Toda aquela luta, aquela batalha interior para controlar seus tiques de nada serviu.
Você está sozinha, de novo, com os seus temores. E mais uma vez você vai assistir a essa portinha se fechar.