quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Acordo. Abro os olhos, coloco o celular no soneca pela enésima vez. Levanto.
Me troco, escovo os dentes, lavo o rosto e saio de casa.
Os pensamentos tomam conta da minha cabeça no caminho até o ponto do ônibus, e dessa vez não penso em você.
Chego no estágio, me ocupo, vou pra academia e já é hora do almoço.
E eu lembro de você. Só que sem tristeza, sem coração pesado, sem frustração, sem lágrimas. Apenas leveza.
Vou pra aula, volto pro estágio, vou pra casa.
Tu não mandaste uma mensagem sequer, e isso me faz bem. A tua "não procura" me ajuda a te superar cada vez mais, a rir de verdade e a me sentir leve.
Chego em casa, tomo um banho, janto, e me distraio na frente da televisão.
Mais um dia se passou e esse foi dos bons: sem mensagens tua, sem nó na garganta, sem mágoas. Só alegrias.
E talvez tu até tenhas mandado um whats. Eu olhei e ignorei.
Vou dormir em paz essa noite.

Dia seguinte.
Acordo. Abro os olhos, coloco o celular no soneca pela enésima vez. Levanto.
Vejo aquela mensagem que eu ignorei noite passada.
Me troco, escovo os dentes, lavo o rosto e saio de casa.
É, dessa vez os pensamentos tomaram conta da minha cabeça antes que eu estivesse de fato raciocinando.
Já saí de casa pensando em você, e esse não é um bom dia.
Pra hoje temos mágoa, olhos marejados e aquela dor sufocante. Nada tem graça, nada prende minha atenção, e as risadas (posso chamá-las assim?) são automáticas, para evitar perguntas do tipo "o que você tem?".
Sigo a rotina de cada dia (abençoada seja a rotina), olho para o celular incontáveis vezes, não vejo nenhum sinal de vida teu.
Vou pra casa, o ar parece rarefeito. Me encolho sobre as cobertas e espero uma intervenção divina que me puxe desse buraco.
Ela geralmente não vem.
Perco a noção do tempo e apago.

Novo dia.
Acordo. Abro os olhos, coloco o celular no soneca pela enésima vez. Levanto.
Me troco, escovo os dentes, lavo o rosto e saio de casa.
E aí? Hoje é um bom dia ou não?
Pra hoje teremos leveza e sorrisos ou mágoas e frustração?
Essa é a primeira pergunta inconsciente de cada manhã...


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